Acesso e uso de TICs por empregadas domésticas em São Paulo

Projeto buscou identificar hábitos e usos de Tecnologias da Informação e Comunicação por empregadas domésticas. O enfoque nesta parcela da população, sobre a qual incide desproporcionalmente desigualdades de gênero, raça e classe, tinha o objetivo de fortalecer ativismos feministas não vocais.

Desigualdades e Identidades
Duração: 2017 - 2018
Status: Concluído

No Brasil, temos importantes pesquisas que buscam identificar hábitos e usos de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Tais investigações podem subsidiar políticas públicas de ampliação de acesso à Internet a partir da identificação de desigualdades e mesmo promover ações a partir do diagnóstico no que se refere aos usos de TICs pela população.

É bastante recente o olhar para tais indicadores (e mesmo a produção deles) a partir de uma perspectiva de gênero. Compreendendo que tal olhar é fundamental para o desenho de políticas e ações efetivas e que garantam o direito à comunicação, informação e até mesmo mobilização social, com este projeto temos o objetivo de qualificar o uso e apropriação de TICs por mulheres na cidade de São Paulo. Para tanto elegemos um grupo específico dentre elas: empregadas domésticas.

O enfoque nesta parcela da população sobre a qual incide desproporcionalmente desigualdades de gênero, raça e classe e a produção de diagnóstico sobre acesso e uso de TICs é importante também para o fortalecimento de ativismos feministas não vocais.

O projeto foi realizado em parceria com a Rede de Conhecimento Social – organização especializada na realização de pesquisas qualitativas participativas por meio do método PesquisAção – e da Consult Pesquisas – responsável pela etapa quantitativa da investigação na Região Metropolitana. Os resultados foram resumidos nesta publicação no blog e o relatório completo está disponível e pode ser acessado aqui.

Os números e informações apresentados abordam as formas e hábitos de acesso à internet por essas trabalhadoras, os usos que elas fazem (entretenimento, busca por informações sobre saúde, materiais educativos, notícias), níveis de confiança e preocupações com segurança, privacidade, o impacto que a internet tem sobre suas oportunidades de trabalho e renda, mobilização política e comunitária, e respeito aos seus direitos online. Sobre esse grupo incidem desproporcionalmente desigualdades de gênero, raça e classe social, e é essencial a produção de dados para o desenho de políticas e ações efetivas que levem em conta essas perspectivas.